sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

Um Natal Bíblico


Na mente de muita gente, o relato do Natal parece um conto de fadas. É emocionante, bonito e desperta bons sentimentos. O casal José e Maria, os reis magos e as figuras angelicais são lembrados como meros coadjuvantes, de um episódio onde o protagonista, ainda infante, encanta e inspira simplicidade.   
Essa forma de imaginar o Natal é tão comum, de tal maneira, que muitos tendem a considerar a narrativa do nascimento de Cristo, na mesma categoria de textos de ficção. Além disso, na mídia e no mercado, tanto brilho e ornamentação, geralmente ofuscam o verdadeiro significado do Natal.
Então, o que a Bíblia revela sobre o nascimento de Jesus Cristo, o grande Natal? O Natal bíblico tem importantes fundamentos. Dois deles: o fundamento histórico e o teológico.
O nascimento de Cristo tem endereço no tempo e no espaço e ocorreu como fato histórico verídico. O Natal bíblico tem um fundamento na história, sim; mas não para por aí, pois esse mesmo acontecimento também tem fundamento na teologia. Além de ter registro no tempo e no espaço, tem lugar dentro do plano de Deus. Não se limita a um grande momento da história humana, mas abrange o clímax do propósito divino. Aquele Natal, na terra da Judeia, dominada pelos romanos, durante um recenseamento da população do império, apontava para a ocorrência entre os homens, de um evento que já estava agendado na eternidade.
 O primeiro recenseamento de César Augusto conduziu Maria para Belém, justamente quando ela estava no nono mês de gestação. Enquanto o imperador romano, em seu governo provisório, movia uma gigantesca estrutura política e social, visando manter seu domínio entre os homens na terra; nos céus, Deus, em seu governo providencial, sem esforço, soberanamente cumpria sua promessa do grande Natal. Um esplêndido testemunho bíblico de que às “mãos dos césares”, nunca estiveram e jamais estarão fora do controle das “mãos de Deus”.
O Natal bíblico mostra que história e teologia estão entrelaçadas de maneira indissociável. Como anotou o escritor John G. Mechan: “Cristo Morreu – isto é história; Cristo morreu pelos nossos pecados – isto é doutrina. Sem estes dois elementos, conjugados em união absolutamente indissolúvel, não há Cristianismo”.
Nas festividades natalinas, corremos o risco de que essas ocasiões sirvam apenas para reunir a família com deliciosas comidas na mesa, trocar presentes entre amigos e tirar fotos (já pensando nas redes sociais) em meio às decorações caprichadas.
Por isso, estejamos atentos, para que o nosso Natal exulte o nome e celebre a obra daquele que esteve numa humilde manjedoura, foi humilhado numa horrenda cruz, mas ressuscitou em glória, garantido que todo aquele que nEle crê desfrute pessoalmente de um segundo momento natalício: o do novo nascimento em Cristo Jesus!

Desejo-lhe um Feliz Natal!

Pr. Charles Nascimento

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