Na mente de muita gente, o relato do Natal parece um conto de
fadas. É emocionante, bonito e desperta bons sentimentos. O casal José e Maria,
os reis magos e as figuras angelicais são lembrados como meros coadjuvantes, de
um episódio onde o protagonista, ainda infante, encanta e inspira simplicidade.
Essa forma de imaginar o Natal é tão comum, de tal maneira, que
muitos tendem a considerar a narrativa do nascimento de Cristo, na mesma categoria
de textos de ficção. Além disso, na mídia e no mercado, tanto brilho e
ornamentação, geralmente ofuscam o verdadeiro significado do Natal.
Então, o que a Bíblia revela sobre o nascimento de Jesus
Cristo, o grande Natal? O Natal bíblico tem importantes fundamentos. Dois
deles: o fundamento histórico e o teológico.
O nascimento de Cristo tem endereço no tempo e no espaço e
ocorreu como fato histórico verídico. O Natal bíblico tem um fundamento na
história, sim; mas não para por aí, pois esse mesmo acontecimento também tem
fundamento na teologia. Além de ter registro no tempo e no espaço, tem lugar
dentro do plano de Deus. Não se limita a um grande momento da história humana,
mas abrange o clímax do propósito divino. Aquele Natal, na terra da Judeia,
dominada pelos romanos, durante um recenseamento da população do império,
apontava para a ocorrência entre os homens, de um evento que já estava agendado
na eternidade.
O primeiro
recenseamento de César Augusto conduziu Maria para Belém, justamente quando ela
estava no nono mês de gestação. Enquanto o imperador romano, em seu governo
provisório, movia uma gigantesca estrutura política e social, visando manter
seu domínio entre os homens na terra; nos céus, Deus, em seu governo
providencial, sem esforço, soberanamente cumpria sua promessa do grande Natal.
Um esplêndido testemunho bíblico de que às “mãos dos césares”, nunca estiveram
e jamais estarão fora do controle das “mãos de Deus”.
O Natal bíblico mostra que história e teologia estão
entrelaçadas de maneira indissociável. Como anotou o escritor John G. Mechan:
“Cristo Morreu – isto é história; Cristo morreu pelos nossos pecados – isto é
doutrina. Sem estes dois elementos, conjugados em união absolutamente indissolúvel,
não há Cristianismo”.
Nas festividades natalinas, corremos o risco de que essas ocasiões
sirvam apenas para reunir a família com deliciosas comidas na mesa, trocar
presentes entre amigos e tirar fotos (já pensando nas redes sociais) em meio às
decorações caprichadas.
Por isso, estejamos atentos, para que o nosso Natal exulte o
nome e celebre a obra daquele que esteve numa humilde manjedoura, foi humilhado
numa horrenda cruz, mas ressuscitou em glória, garantido que todo aquele que
nEle crê desfrute pessoalmente de um segundo momento natalício: o do novo
nascimento em Cristo Jesus!
Desejo-lhe
um Feliz Natal!
Pr. Charles
Nascimento
Nenhum comentário:
Postar um comentário