HUMILDE DE ESPÍRITO.
Bem-aventurados os humildes de espírito
Mateus 5:1-3
Esta é a primeira das nove
bem-aventuranças proferidas por Jesus no Sermão do Monte. Cada bem-aventurança
é composta por uma característica e uma promessa. As características não são
exigências para salvação, antes são atributos que devem ser almejados por todo
o crente, a partir do seu novo nascimento em Cristo. A plenitude desses
aspectos será realidade na vida do crente, apenas no futuro reino Milenar de Cristo.
A expressão “bem-aventurado” remete
a alguém que pode dizer-se “quão verdadeiramente feliz; afortunado; ditoso”.
Uma experiência que vai além da emoção superficial. É o bem-estar concedido por
Deus aos fiéis, independentemente das circunstâncias. Nela, Jesus nos ensina a Sua
maneira para que seus filhos alcancem a alegria verdadeira que procede apenas
dEle mesmo.
Ser “humilde de espirito” é negar
a autossuficiência e ter uma opinião correta de si mesmo, conforme Romanos
12:3, que diz: “Porque, pela graça
que me foi dada, digo a cada um dentre vós que não pense de si mesmo além do
que convém; antes, pense com moderação, segundo a medida da fé que Deus
repartiu a cada um.” Ter humildade é reconhecer nossa total dependência de
Deus, estar ciente de nosso estado pecaminoso e consequentemente perdição e
desesperança à parte de Deus.
A primeira bem-aventurança já nos
mostra que mesmo o mais piedoso entre todos os crentes, não deve se gloriar de
sua espiritualidade, pois, ser humilde é primeiramente reconhecer que não podemos
fazer nada de bom, sem a ajuda de Deus e que na verdade não temos poder em nós
mesmos para cumprir o que Deus requer de nós, antes, viver de forma que agrada
a Deus é viver na dependência de Deus.
“Porque deles é o reino dos céus” (Mateus 5:3b). A promessa do
reino dos céus para os humildes de espírito comprova que para um pecador ser
salvo é necessário antes de tudo reconhecer seus próprios pecados e a
insuficiência pessoal para se chegar até Deus. Lucas 19:10 declara: “Porque o Filho do Homem veio buscar e
salvar o perdido”; ou seja, todos na verdade estão perdidos e apenas os que
reconhecem essa condição poderão ser achados por Cristo. Cristo veio buscar o
pecador perdido. Nós não fomos até o céu para buscar Jesus, antes, Ele veio a
este mundo, morrer pelos nossos pecados para nos conduzir até o céu.
“Pois também Cristo morreu, uma única vez, pelos pecados, o justo pelos
injustos, para conduzir-vos a Deus; morto, sim, na carne, mas vivificado no
espírito” (I Pedro 3:18). Portanto, o reino dos céus, é um rico e gracioso
presente concedido àquele que reconhece sua total falência espiritual, crendo
completa e unicamente em Cristo Jesus como meio de acesso a Deus.
Sendo Deus sábio e gracioso, deu
seu Filho Jesus Cristo para morrer pelos pecadores e realizar a obra completa
da salvação, sem ajuda humana (pois na verdade não existe nada que poderíamos
fazer), para que toda glória seja dada apenas ao Deus Trino. Quanto a nós: “Onde, pois, a jactância? Foi de todo
excluída” (Romanos 3:27). Todo aquele que foi alcançado pela graça de Deus,
em Cristo, após reconhecer sua insuficiência e perdição, acaso não deveria
viver sempre para glória de Deus, tendo a humildade como grande evidência em
sua vida? Vigiemos e sejamos humildes “porque
Deus resiste aos soberbos, contudo, aos humildes concede a sua graça.” (I
Pedro 5:5).
“Porque dele, e por meio dele, e para ele são todas as coisas. A ele,
pois, a glória eternamente. Amém!” (Romanos 11:36).